Ligia Ximenes

Psicanalista pelo Centro de Estudos Psicanalíticos (CEP), com experiência clínica no atendimento de sujeitos e grupos. Fui colaboradora do Núcleo de Psicanálise e Ação Social (NUPAS) (2021-2022), onde iniciei minha prática clínica, ouvindo pessoas em situação de risco e vulnerabilidade social vinculados a uma instituição.

Os conflitos intrapsíquicos e os conflitos relacionais me interessam. Atualmente estudo a clínica dos sofrimentos narcísicos-identitários, o comer transtornado, e a psicanálise vincular, que investiga os modos como nós sujeitos nos relacionamos com outros sujeitos. Na vincularidade, pensamos para além da lógica do Um, considerando também o que é indeterminado, vago, fluido, marginal, múltiplo, irregular, híbrido, poroso, permeável. 

A escuta atravessa a minha vida muito antes da psicanálise, e sempre em articulação com as questões sociais. Como jornalista, trabalhei em organismos internacionais (Banco Interamericano de Desenvolvimento), órgãos governamentais (Ministério da Saúde e Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) e não-governamentais (Rede ANDI Brasil e CineMaterna), no desenho e implementação de estratégias para promoção da saúde e segurança das pessoas trabalhadoras, e em defesa dos direitos das mulheres, das crianças e dos adolescentes.

Desde 2011, tenho uma prática de escuta alinhada com a não-violência. A não-violência me ensinou que, para percorrer esse território sem mapas e sem garantias que é a escuta, é preciso construir um sistema de apoio. Com a psicanálise, isso hoje se organiza em torno do tripé analítico: análise pessoal, supervisão clínica e estudo da teoria. 

 

também sou

Sou especialista em Criação Literária de não ficção pelo programa de pós-graduação em Escrita Criativa do Instituto Vera Cruz, e com especial interesse em processos de ensino-aprendizagem. É dessa investigação da escrita como processo que carrego comigo três perguntas ainda muito vivas para a minha prática clínica: como se dá a aprendizagem? O que é possível ensinarmos? O que é possível aprendermos? Pois o que um processo de análise faz com a gente é a nos fazer pensar mais e melhor sobre aquilo que antes não era possível.

Sou escritora de não ficção. Meu primeiro livro (Antes que eu me esqueça) conta a história de uma viagem à China, e de uma amizade, e da importância de contarmos histórias, foi lançado em 2023 pela Editora Quelônio, graças a um incentivo do Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo (Proac).

Fora da psicanálise, mas com fins terapêuticos, promovo rodas de conversa a partir da leitura de textos de ficção e não ficção, muitas vezes com um recorte temático, como os rompimentos amorosos e a relação entre mulheres que são mães e mulheres que são filhas. Também ofereço oficinas em grupos para quem quer se relacionar com a escrita num lugar de experimentação, além de mentoria individual para quem tem e quer desenvolver projetos autoral.

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